A Gerência de Influenza e Doenças Respiratórias – GIDR foi implantada em meados do ano de 2001 e tem por objetivo realizar a vigilância da Influenza, Covid-19 e outros vírus respiratórios através do monitoramento dos vírus circulantes no Mato Grosso do Sul responsáveis por casos de Síndromes Gripais (SG) e Síndromes Respiratórias Agudas Graves (SRAG) em todas as faixas etárias. Além disso, a GIDR acompanha a tendência da morbidade e mortalidade associadas à Influenza, Covid-19 e outros vírus respiratórios, vigilância universal da SRAG e Vigilância sentinela da SG, capacita e apoia os 79 municípios do Estado em ações de prevenção, tratamento e controle dos casos atribuídos a estas causas.
Considerando que nem sempre o processo decisão-ação necessita da notificação universal, para determinados problemas de saúde pública pode-se fazer uso dos sistemas sentinelas para monitoramento de indicadores chaves na população geral ou em grupos específicos. Desse modo, a vigilância sentinela tem sido adotada pela maioria dos países para a vigilância de influenza.
No Brasil, o Ministério da Saúde iniciou, em 2000, a implantação de um Sistema de Vigilância Epidemiológica da Influenza em âmbito nacional, incluindo a vigilância de SG em Unidades Sentinelas. O principal objetivo dessa vigilância era a identificação dos vírus respiratórios em circulação no país, além de permitir o monitoramento da demanda de atendimentos por SG, obtidos pelo Sistema de Informação da Vigilância Epidemiológica da Gripe (SIVEP-Gripe).
Desde a pandemia de influenza pelo vírus A (H1N1) pdm09, em 2009, a vigilância epidemiológica da Influenza conta com a notificação universal de SRAG de casos hospitalizados e de óbitos relacionados à Influenza, por meio do Sistema de Informação de Agravos de Notificação – Sinan Influenza Web e a partir de 2019 via SIVEP-Gripe.
Em 2011, com a publicação da Portaria nº 2.693, o Ministério da Saúde iniciou um processo de reorganização e a ampliação da vigilância da influenza, em 2012 a portaria foi republicada e, em 2014 houve a publicação da Portaria nº 183 que teve como objetivo financiar, no âmbito da vigilância em saúde, a implantação e manutenção das ações de Vigilância Sentinela da Influenza:
A Rede Sentinela em Influenza é composta por Unidades de Saúde definidas pelos gestores e técnicos dos municípios, estados e Distrito Federal, habilitadas por processo de pactuação no respectivo Colegiado de Gestão, segundo o fluxo estabelecido pelas Secretarias Municipais de Saúde e Secretarias Estaduais de Saúde.
Todos os 79 municípios notificam os casos de SRAG hospitalizado e óbitos. A rede de Unidades Sentinelas do Estado é composta pelos municípios sede de microrregião devido a aspectos epidemiológicos e demográfico como critérios para seleção (Figura 1).
A vigilância de SG em Unidades Sentinelas tem como principais objetivos, identificar os vírus respiratórios em circulação no país, além de permitir o monitoramento da demanda de atendimentos por SG.
Unidades Sentinelas para Síndrome Gripal em Mato Grosso do Sul
Município | Estabelecimento | |
Campo Grande | CRS Dr Waldeck Fletner de Castro Maia Coophavilla II | |
UPA Dr Walfrido Arruda Coronel Antonino | ||
Corumbá | Pronto Socorro Municipal de Corumbá | |
Coxim | Hospital Regional Dr. Álvaro Fontoura Silva | |
Dourados | Unidade Básica de Saúde Biannor Alves da Silva Seleta | |
Jardim | Hospital Marechal Rondon | |
Naviraí | Hospital Municipal de Naviraí | |
Ponta Porã | Centro Integrado de Saúde CIS Tertuliana de Freitas | |
Três Lagoas | Unidade de Pronto Atendimento 24h |
Figura 1 – Distribuição espacial das Unidades Sentinelas para Síndrome Gripal no estado de Mato Grosso do Sul, 2023.
Fonte: CESP/SES/MS, 2023.